Transformação digital na indústria é condição para existir e competir

Transformação digital na indústria é condição para existir e competir

Reduzir o tempo com automação, monitorar dados em tempo real e acompanhar históricos de validações das fases de produção são alguns dos benefícios diretos da inclusão de processos digitais na operação industrial. Os ganhos aparecem em forma de melhorias, segurança, cumprimento de prazos, visualização de soluções e implantação de inovações baseadas no monitoramento de conteúdos trazidos do mercado consumidor por meio de interface direta com o ambiente online.

“Ser digital é diferente de ser eletrônico. Quando falo de ser digital pressuponho o uso de plataformas e mecanismos capazes de gerarem atualizações o tempo todo, em uma dinâmica contínua de comunicação entre todas as pessoas envolvidas, o que permite gerenciar todas as fases operacionais e de produção em tempo real”, afirmou Murilo de Oliveira, consultor especializado em transformação digital, durante palestra nesta quinta-feira (05) no 10º Congresso Nacional Moveleiro, realizado pela Fiep – Federação das Indústrias do Estado do Paraná, e que se encerra hoje no Expoara – Centro de Eventos, em Arapongas/PR.

Murilo também destacou o diferencial dos relatórios em tempo real para o gerenciamento das tarefas das equipes e dos recursos. “Se verifico a necessidade de redesenvolvimento de produtos, faço alterações imediatas nos trabalhos, já definindo custos e prazos. Consigo também customizar e personalizar produtos de acordo com os mercados atendidos, nacional ou internacional. Desta forma, a indústria irá entregar produtos melhores, com soluções baseadas nas necessidades do mercado consumidor, com mais segurança e controle de prazos pautados em processos dinâmicos que direcionam o olhar para o benefício contínuo dos produtos”, salientou.

Transformação por pessoas

Adriana Kalinowski, designer e consultora de negócios do Sebrae/PR, destacou que a transformação digital é feita por pessoas, com contínuo entrosamento das equipes, e que inovar passou a ser condição para a permanência no mercado. Como exemplo, Adriana apresentou a nova metodologia desenvolvida pela entidade e direcionada às indústrias de pequeno porte.

“O Sebrae escolheu o Paraná como piloto porque considera o Estado o mais inovador do país. A metodologia é um passo a passo que inicia medindo o nível de maturidade digital da indústria, passando por diagnóstico, plano de inovação, participação em workshops, visitas técnicas e monitoramentos de todas as informações e indicadores de transformação”, enfatizou. Segundo ela, a proposta é trabalhar os pilares da transformação digital para que a indústria possa dimensionar os gargalos e implantar melhorias de processos, mapear e gerir decisões.

Branding

Jorge Biff Neto, especialista em gestão de marketing e empreendedorismo, pontuou que a transformação digital é intrínseca a todos os mercados e que o lema da competitividade passou a ser ‘falhe rápido, inove e avance’. “Não é possível continuar a fazer da mesma forma de sempre. Novas realidades estão chegando e estão mudando todo o cenário dos negócios e da atuação das marcas. As tecnologias simplificam a experiência de uso dos produtos e os modelos de negócios devem ser de fácil percepção de valor e alcançar alta escalabilidade”, afirmou.

Biff Neto fez, durante a palestra, a conexão entre transformação digital e branding, considerando a identidade e imagem das marcas percebidas pelo consumidor, o valor que o mercado atribui às marcas com base nas soluções e inovações oferecidas aos clientes e a capacidade de extensão das marcas para outras versões de produtos e serviços com o objetivo de facilitar o lançamento de novas alternativas para mais experiências do consumidor.

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